Embora o conceito seja esse, não é o que vem se praticando pelos representantes das cidades, estados ou países. As questões sociais têm ficado em segundo plano para os governantes, que têm priorizado os interesses pessoais e para uma classe ínfima da população, a qual podemos chamar de Classe Rica.
A política então abre-se para um jogo de interesses entre os homens que, em época de eleição, dizem ser os menos abastados sociais a parte para quem voltarão a atenção, eleitos, o relacionamento fica mesmo entre o Estado com seu governante à frente e o setor empresarial. Esse tipo de prática denominamos plutocracia, do grego Ploutus: riqueza; Kratos: poder. O governo dos ricos e poderosos.
Aliada à plutocracia, é comum encontrarmos a cleptocracia, palavra de origem grega que significa, estado governado por ladrões.
O analfabetismo político é a base sustentadora desse processo de degradação dos interesses sociais que dizem respeito à maior da população. É compreensível que nem todo mundo goste de política, o que não dá para entender e aceitar é o descaso com que o tema vem sido tratado principalmente pelos jovens.
“O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, que o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio depende das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.” Essa concepção do escritor Bertolt Brecht, é a pura realidade do que vem se perpassando com o tempo nas mentes dos indivíduos. A cada dia você escuta um número maior de pessoas dizer que não gosta de política, que não ta nem ai, que “eles” estão ganhando o dinheiro e nem lembram da nossa existência... Essa irresponsabilidade e omissão em nada ajudarão na reversão dos problemas que assolam a camada pobre da sociedade, pelo contrário só servirão para manter dados como estes:
- 92% dos estudantes não procuram saber quanto os candidatos gastam;
- 55% não assistem aos programas eleitorais;
- 62% não acompanham a atuação dos eleitos;
- 50% não se interessam por política.
É possível que o cidadão não aprove algumas das políticas governamentais, o que não é plausível é que ele não conheça o país, o estado ou a cidade em que vive e ainda assim se sinta no direito de reclamar dos governantes que ele mesmo escolheu.
O conhecimento é a ferramenta para mudar o mundo. Para que o poder dominante continue é preciso que o analfabetismo político se postergue, sendo assim, tudo continuará com a mesma roupagem e naturalmente continuará sendo visto com a pertinente indiferença. Tal situação só contribui para que a democracia, o poder do povo para o povo, se procrastine sendo uma verdadeira utopia.
4 comentários:
Não tenho nem palavras para dizer-te como esta perfeito o texto. =x
Você sabe escrever sobre tais assuntos como ninguém, e encaixa as palavras na hora certa! Cada vez melhores os textos.
Beijooos amoor =*
Cuuunha ;]
muito bom seu texto, fiquei ate sem ter oq dizer a uma pessoa dotada de tantas criticas construtivas que se encaixam perfeitamente ao contexto.
só um ps, acho eu, humildemente que na linha 24 a palavra literalmente não é adequada para o contexto. me concerte se eu estiver errada ;]
beeijos cunha ;*
Perfeito, o texto elucida tudo que um analfabeto político é e o que nossos políticos são.
Seu texto deveria atingir um grande público que odeia política, para assim, talvez, a conscientização dar "sinal de vida".
Saudações!
Parabéns pelas palavras...
Conscientização política para esse povo! O Brasil sofre pela existência de tantos e tantos analfabetos políticos.
Postar um comentário